terça-feira, 21 de janeiro de 2020

O acto

Sinto o frio amanhecer na mente
Ouço os pássaros a cantar
Como se estivesse a sonhar
Com aquele espírito ardente
Não te consigo entender
Não sei qual o meu dever
É preciso saber perder
Mesmo a te continuar querer
Honestamente escrevo
Como um servo
Cheirando o jardim
Nesta mar de pensamentos sem fim
O vento passa-me na barba
Sinto-o como uma arma
atravessando-me e quebrando-me
Numa amargura sem rima ou verso

Respira fundo
Nada há tão profundo
que no fundo o nada
o nada foi sempre o nosso mundo.

Deslumbra-me o verde dos sete montes
as suas fontes
Aqui nasce a vida
de uma herança perdida

Fica o sentimento
sem nenhum lamento
Tudo o que queria
era só amar-te um dia



sábado, 24 de agosto de 2019

Valorização política - Votem PSD


Portugal é um país estranho. Talvez por ser uma Democracia pouco preocupada ou uma República criada de forma muito atabalhoada.
Talvez seja um país que, apesar das suas revoluções mais ou menos pacificas, acaba por ser controlado por forças escondidas. Força que muitas vezes sentimos mas não sabemos quem são nem onde se movem.
O PSD e Rui Rio trouxeram uma nova forma de fazer as coisas. Trouxeram um pensamento estratégico (os Conselhos Estratégicos onde a sociedade podia participar) mas, contrariamente ao esperado todo o contexto ignorou. Talvez aqui comecemos com a falta de maturidade democrática do nosso país, dos portugueses e da comunicação social.
Depois, o PSD e seu líder apresentam-se com total desprendimento. Claro, muito não gostam desse desprendimento (preferem as lapas do poder, porque alimentam melhor os interesses individuais). É nos interesses individuais que começam as criticas e se alimentar os egos vazios de muitos sem histórico e de outros com histórico mas que, em boa verdade, deviam estar a vestir a camisola pois devem mais ao PSD que qualquer outro.
Quando um líder não participa em “circos” demonstra bem a sua verticalidade. Não tem diarreias verbais onde diz e desdiz. Finge que faz e não faz nada.
Rui Rio é a pessoa certa para ser primeiro-ministro. Os que preferem a verdade a serem enganados tem aqui a única opção. Será que os portugueses querem mesmo a verdade?
Estaremos nós a pensar “ Enquanto a pau vai e vem folgam as costas” ou “Quem vier a seguir que feche a porta” ?
Portugal não pode continuar a degradar-se neste cenário de conjuntura favorável única.
Tenhamos coragem, olhemos de frente para os problemas e construamos com suor um novo país.
Voto PSD!

terça-feira, 16 de abril de 2019

Do Modelo de Negócio ao Plano de Negócio

Trabalhar com empresas, empreendedores e organizações assenta numa lógica dinâmica de trabalho pois cada organização apresenta as suas características únicas, a sua forma de actuar, a sua forma de estar perante o meio envolvente contextual e transaccional. Assim, importa reflectir sobre os Modelos de Negócio e os Planos de Negócio.
Quanto ao Modelo de Negócio, resumidamente, é o conjunto das várias peças que dão a imagem da forma de actuação da organização, podemos olhar e ver o quadro daquilo que fazemos ou nos propomos a fazer. Já quanto ao Plano de Negócios podemos olhá-lo como um documento mais formal que serve para cumprir alguns pressuposto e, operacionalizar em larga medida o que foi o modelo de negócio definido. Resumidamente o plano de negócio traça o caminho e faz uma previsão das acções ou medidas a tomar. 
Ora, no contexto actual, devemos preocuparmo-nos mais com o modelo de negócio que com o plano pois o plano, como o nome indica, é falível. Mas por que razão é tão importante um plano de negócio? Simplesmente para nos dar o caminho, para que as organizações possam saber onde estão, como estão e se os objectivos estão a ser concretizados. Existem desvios, quais, como, e porquê? É nesta medida que se torna importante planear. Além disso, o plano de negócio é comumente utilizado para diversas candidaturas, sendo um documento obrigatório para qualquer dossier de negócio.
Mais que um Plano de Negócio, UM MODELO DE NEGÓCIO. Hoje, o mundo está em completa mudança, mutação e acção. Os ciclos de vida dos negócios, os ciclos de inovação e os ciclos de vida dos produtos são cada vez mais curtosOra, perante um contexto cada vez mais acelerado, o planeamento tem que ser mais acelerado. Neste contexto, resta às organizações de forma permanente irem ajustando o seu modelo de negócio, percebendo que evoluções lhes devem dar. A estratégia deve ser baseada na evolução do modelo de negócio. Para isso, receber os inputs do contexto transicional (Clientes, concorrentes, fornecedores e comunidade) são uma das principias fontes de informação. Todos os dados recolhidos dos clientes, as decisões dos concorrentes, a evolução do fornecedores e como a comunidade olha para a nossa organização. Recolhendo esta informação (inputs) e tratando esta informação permite que as organizações evoluam no modelo de negócio, ficando mais preparadas e capacitadas.
Não basta planear, é preciso evoluir. A evolução só é possível com modelos de negócio que respondam a ciclos de vida cada vez mais curtos.

quarta-feira, 13 de março de 2019

UMA POLÍTICA DE PROPOSTA DE VALOR

Refletindo sobre o como e o porquê, parece-me hoje importante olharmos com clareza para a política. Uma política baseada na proposta de valor assim como as empresas apresentam a sua proposta de valor aos clientes. 
Não deve, nem pode ser mais possível que os políticos se limitem a dizer umas meras coisas, ao sabor de um qualquer vento que sopra ou de um qualquer interesse mesquinho. Hoje, cabe-nos a nós, jovens e futuras gerações, inverter essa prática comum. Cabe-nos, mais que inverter, valorizar quem baseia a sua atividade política assente em propostas de valor para as populações, para o país. Valorizar os políticos que não passam os dias a desfilar nas TV’s, nas rádios e em toda a comunicação possível e imaginária. Cabe-nos valorizar os políticos que arriscam propor, tomar medidas, definir um rumo com todos, por todos e para todos, que saem fora da cartilha habitual e, por isso, são criticados pelos mesmos do sistema. Sistema esse que está maduro, muito maduro. Valorizar os políticos que conseguem ouvir-se a si e à oposição, que se preocupam em gerar consensos fundamentais ao desenvolvimento. 
Uma proposta de valor política, além de clara, concreta e concisa, deve estar intimamente ligada às pessoas. Tem que ser personalista. A pessoa tem que ser o centro de todas as preocupações. Importa refletir quais as “tarefas”, quais as “dores” e quais os “ganhos”. Só percebendo a base é possível chegar a eleições e assumir um compromisso forte, robusto onde todos sintam que fazem parte. Trata-se de um trabalho exigente, longo e provavelmente interminável mas que tem de ser feito. 
“Nós, Sociais-democratas, temos a obrigação de dizer ao país que estamos cá, prontos e preparados para criar uma verdadeira proposta de valor, feita por todos, com todos e para todos. Para isso, o CEN (Conselho Estratégico Nacional) foi uma das melhores e mais importantes medidas mas só isso não chega. Espera-se que daqui surjam as verdadeiras Propostas de Valor para Portugal e que todos as possamos entender e partilhar pois fazem parte de nós.”
Nós, Sociais-democratas, temos a obrigação de dizer ao país que estamos cá, prontos e preparados para criar uma verdadeira proposta de valor, feita por todos, com todos e para todos. Não queremos que Portugal volte a estar em pré-bancarrota, não queremos que as nossas populações voltem a ter um programa de austeridade. Para isso, o CEN (Conselho Estratégico Nacional) foi uma das melhores e mais importantes medidas mas só isso não chega. Espera-se que daqui surjam as verdadeiras Propostas de Valor para Portugal e que todos as possamos entender e partilhar pois fazem parte de nós. 
Não podia terminar este pequeno artigo, sem deixar uma palavra para o interior. O interior merece a máxima consideração de todos. Não nos iludamos: só fica no interior quem tem um trabalho com condições dignas, com expectativas. Só fica quem tem boas condições para oferecer aos seus filhos. Penso que seja o tempo das autarquias assumirem a sua especialização, aquilo onde querem ser bons, as áreas de negócio relevantes. Em vez de todos competirem com todos, a especialização das autarquias seria uma excelente medida para, por um lado, diminuir a competição, e, por outro, aumentar os níveis de cooperação e de captação de investimento. Concelhos vizinhos não podem pretender captar os mesmos investimentos. É um desperdício de recursos e esforços. Só com a especialização de cada município num conjunto de áreas será possível melhorar o emprego, as carreiras, a dignidade de vida. Só assim se dará uma nova vida ao interior. 
Em suma, nós, jovens sociais-democratas, devemos ter a coragem e a capacidade de separar o trigo do joio. 
Vamos à luta, vamos apresentar propostas de valor e vamos, sem dúvidas, ganhar as próximas eleições legislativas e europeias. 
Um abraço

domingo, 19 de agosto de 2018

Ânsia


A sombra de uma guerra
A secura de uma terra
O calor abrasador
O espírito de um sofredor
Não respiro para viver
Respiro para te ver
Respiro para te sentir
Respiro para te envolver

Não consigo parar
Quero- te amar
Abraçar
Beijar

Invade-me o espírito
Dá-se um grito
Não sei o que escrevo
Não sei porque escrevo
Irrita-me a inspiração
Não flui a paixão

MERDA!

Ouço um sussurro
Ouço levemente
O passar daquela gente
Não me interessa
Não tenho pressa
Quero apenas, não sei
Criar rosas sem espinhos
Malmequeres sem mal
Não consigo aguentar
Não sei perdoar
Apenas quero amar!


segunda-feira, 18 de junho de 2018

Estranho Mundo

O Mundo, tal como sempre o conhecemos parece estar a acabar, existem hoje desafios à humanidade de elevado grau. Talvez estejamos a falhar ou talvez não estejamos preparados.
Começamos, a longo prazo, pelas alterações climáticas. Um factor que irá condicionar brutalmente a forma como hoje vivemos. No entanto, esperamos que sejam progressivas e que com isso nos consigamos habituar.
No presente, há movimentos estranhos, muito estranhos. Veja-se a aproximação entre a Coreia do Norte e os USA, parece um passo importante para a paz ou será apenas um passo para não existir terror muito em breve?!
A China e os seus mega programas que vão desde tecnologia, IA às energias. Um superpotência que pretende dominar o mundo com a sua corrente e forma de estar.
A Índia, apesar de potência parece não descolar e mantém-se a parte do palco mediático.
Os USA governados por um suporto louco, não acho que assim seja. Acho que está apenas a tentar equilibrar os polos e já percebeu que os EUA estavam a perder a sua importância.
América do Sul, num total confronto, desde a fome, ao crime, à corrupção, à falência. Tudo acontece. Israel, que se comporta como um louco a matar tudo sob a passividade do mundo.
O médio oriente com desafios no campo das energias e a tentar perceber como se manterá na crista da onda o mais tempo possível.
A Rússia, com problemas graves e busca manter-se em cena, matando e mostrando o seu poder.
Por fim, o velho continente, a Europa, apesar de todos os males e defeitos parece o melhor sítio do mundo. No entanto, é o último garante da liberdade no Mundo. A crescente esquerda radical e direita radical ameaçam a paz e busca a destruição de um projecto que, com todos os defeitos, é um grande projecto. O brexit, a migração, as finanças, a inovação e a capacidade de união são os grandes desafios.
Estaremos à altura? Sim, se tudo for progressivo e for acontecendo. Se acontecerem vários cenários em simultâneo parece-se que teremos um mundo sem paz e como nunca o vimos, nem nunca existiu.
Estaremos preparados?

sexta-feira, 30 de março de 2018

Cíclico

Alma quente e saltitante 
Olho o rio a correr
Lembro-me de ti marcante
Aquele calor que me faz ferver
Não aguento este fim
Sinto que riem de mim
Não quero perder nem morrer
Quero tanto te ver

Irrita-me
Ama-me
Abraça-me 
Beija-me

O contraste maravilhoso
Tua conversa um honroso
Não me canso de te imaginar
Naquele caminho junto ao mar
Mar, amar, amar as ondas
Ondas fortes 
Ondas grudas 
Onde com espuma
Quero agarrar-te........