O jogo ainda não acabou mas já
percebemos que Portas e o CDS não ficaram bem na fotografia.
Sem dúvida que o governo
precisava de uma mudança, precisava de um abanam mas nunca poderia ser desta
forma.
Vamos a factos, não acredito que
o Primeiro-ministro sabendo do ultimato de Paulo Portas tenha insistido no nome
para ministro das finanças que causaria este problema gravíssimo.
Para mim, na minha opinião, foi
uma triste e infeliz jogada de Paulo Portas. Colocando o país a beira de um
ataque de nervos.
Correm-se rumores de que não
haverá ruptura na coligação. Vejo com muito agrado esta solução. Aliás, um
entendimento só mostrará que maturidade de ambas as partes.
O governo sai frágil de todo este
teatro, só existe uma solução. Mudar profundamente o governo. Fazer uma remodelação
profunda colocando Paulo Portas com o ministério de elevada importância.
Para os mais irresponsáveis
eleições seria a solução, até termos um novo governo, sem apoio maioritário
pois apenas haveria uma maioria relativa do PS, o país parava e esperava que
tudo se passasse. Para Portugal tempo é dinheiro, tempo é aquilo que não temos,
tempo é o que não podemos esperar. Alguém no seu perfeito juízo pode dizer que
5 meses para eleições e formar governo mais uns meses para os ministros se
inteirarem das pastas tínhamos praticamente um ano. UM ANO! Não é aceitável, não é credível, não pode
estar em cima da mesa.
Essa espera levaria o país a um
segundo resgate à moda grega, possivelmente vamos ter um segundo resgate, se
tivermos que seja à Irlandesa.
Espero que as birras acabem rapidamente
para que possamos volta a estabilidade internacional pois nacionalmente nunca a
conseguiremos até mudar este governo e formar outro com a mesma maioria.
Não sei se o país merecia alguém
mais responsável, pediam todos os dias a demissão e a queda do governo. A meu
ver merecemos mais justiça, a continuação da austeridade e da reestruturação do
Estado para que no futuro não voltemos a pagar os erros do presente.
“Portugal não é isto nem tem que
ser isto”
Chega de irresponsabilidade,
chega de leviandade. Os políticos não são mais do que o reflexo de uma
sociedade que os criou.