Antigamente tínhamos o Gaspar, aquele que não gostávamos. Gaspar dizia no seu estilo sereno todas as medidas nuas e cruas, as difíceis e duras. Nós sabíamos o que na realidade nos esperava. Agora temos o Portas, que não nos fala da realidade, que só nos conta meia verdade ou a verdade que mais convém. Para mim, prefiro conhecer a realidade por mais dura que seja que esta incerteza do político malabarista.
Agora vamos à negociação com a Troika. Quem teria mais capacidade e reconhecimento da Troika?! É óbvio que um técnico. Alguém no seu perfeito juízo iria para uma negociação com um tipo que já esteve dentro e já esteve fora. Já se coligou com um e com outro. Só diz meias verdades. É político à uma serie de anos. Tudo isto tem um nome, chama-se Portas. Só se pode concluir que Portugal com o político Portas está em maior desvantagem com a Troika do que Portugal com o Técnico Gaspar.
Vamos ao programa de assistência, e aí eu digo, quanto mais cedo nos livrarmos dele melhor. Venha de lá o programa cautelar e os mercados. Ficam a faltar reformas para captar investimento, nomeadamente investimento para industria.
É lamentável o esforço hoje realizado quando estamos a preparar o futuro assente nos mesmos erros do passado. Se assim continuarmos daqui por 10 anos vamos ser novamente assistidos.
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