terça-feira, 16 de abril de 2019

Do Modelo de Negócio ao Plano de Negócio

Trabalhar com empresas, empreendedores e organizações assenta numa lógica dinâmica de trabalho pois cada organização apresenta as suas características únicas, a sua forma de actuar, a sua forma de estar perante o meio envolvente contextual e transaccional. Assim, importa reflectir sobre os Modelos de Negócio e os Planos de Negócio.
Quanto ao Modelo de Negócio, resumidamente, é o conjunto das várias peças que dão a imagem da forma de actuação da organização, podemos olhar e ver o quadro daquilo que fazemos ou nos propomos a fazer. Já quanto ao Plano de Negócios podemos olhá-lo como um documento mais formal que serve para cumprir alguns pressuposto e, operacionalizar em larga medida o que foi o modelo de negócio definido. Resumidamente o plano de negócio traça o caminho e faz uma previsão das acções ou medidas a tomar. 
Ora, no contexto actual, devemos preocuparmo-nos mais com o modelo de negócio que com o plano pois o plano, como o nome indica, é falível. Mas por que razão é tão importante um plano de negócio? Simplesmente para nos dar o caminho, para que as organizações possam saber onde estão, como estão e se os objectivos estão a ser concretizados. Existem desvios, quais, como, e porquê? É nesta medida que se torna importante planear. Além disso, o plano de negócio é comumente utilizado para diversas candidaturas, sendo um documento obrigatório para qualquer dossier de negócio.
Mais que um Plano de Negócio, UM MODELO DE NEGÓCIO. Hoje, o mundo está em completa mudança, mutação e acção. Os ciclos de vida dos negócios, os ciclos de inovação e os ciclos de vida dos produtos são cada vez mais curtosOra, perante um contexto cada vez mais acelerado, o planeamento tem que ser mais acelerado. Neste contexto, resta às organizações de forma permanente irem ajustando o seu modelo de negócio, percebendo que evoluções lhes devem dar. A estratégia deve ser baseada na evolução do modelo de negócio. Para isso, receber os inputs do contexto transicional (Clientes, concorrentes, fornecedores e comunidade) são uma das principias fontes de informação. Todos os dados recolhidos dos clientes, as decisões dos concorrentes, a evolução do fornecedores e como a comunidade olha para a nossa organização. Recolhendo esta informação (inputs) e tratando esta informação permite que as organizações evoluam no modelo de negócio, ficando mais preparadas e capacitadas.
Não basta planear, é preciso evoluir. A evolução só é possível com modelos de negócio que respondam a ciclos de vida cada vez mais curtos.