quarta-feira, 3 de outubro de 2012



Com a actual contestação, que quando bem-feita pode realizar efeitos benéficos mas parece-me que estamos um pouco fora da realidade quando se realiza acusações. Vamos pensar:
O país gastou mais do que devia?
Sim.
O país fez maus investimentos, excessivo endividamento, contratos ruinosos?
Sim.
O país foi mal gerido, com pouco critério nos dinheiros gastos?
Sim.
O Estado não cumpriu o seu papel, criou um estado social que premei o não fazer nada?
Sim.
O país não criou condições de investimento à mais de 15 anos?
Sim.
O país tem um estigma contra as empresas e contra os lucros?
Sim.
Os cidadãos endividaram-se muito tendo em conta as facilidades?
Sim.
O país importava muito e era completamente dependente (comer bananas significa importar)?
Sim.
O país entrou num facilitismo desde o topo até à base e vice-versa?
Sim.
Parte do país vive de subsídios?
Sim.
O país cometeu erros sucessivos, os cidadãos possibilitaram esses erros e muitos até os apoiaram. Hoje temos que pagar isso. A estrada está feita, agora tem que ser paga mesmo que não passe lá ninguém. A piscina que não tem utentes está lá. Os desperdícios existiram.
De quem é a culpa dos nosso erros. Dos erros colectivos e de governo?
A resposta só pode ser uma. É nossa e dos antigos governantes (alguns que deixam muito a desejar e todos sabemos porquê). Fazer hoje cabeça de cartaz o nosso governo é pensar que nada se passou no passado, que nada aconteceu, que como colectividade funcionamos e isso não é verdade.
Eu ainda estou à espera de ver uma manifestação contra o endividamento público excessivo.
Resumindo: Houve erros e esses erros terão que ser pagos, muitos dos nossos governantes que actualmente exercem funções pouco tiveram que ver com isso. Pagar vai custar e vai custar a todos mais ou menos.

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